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Dúvidas Frequentes

O conceito de Bobath é uma abordagem para a reabilitação neurológica aplicada na avaliação e tratamento do paciente. Foi desenvolvido em Londres, Inglaterra, por Karel Bobath (neurologista) e Berta Bobath (fisioterapeuta) através da prática clínica com pacientes neurológicos. Inicialmente, o tratamento era indicado a crianças com paralisia cerebral e adultos com acidente vascular encefálico. Durante as últimas décadas, os tratamentos baseados no Conceito Neuroevolutivo Bobath acompanharam a crescente evolução dos conhecimentos da neurociência, sendo hoje prescritos para diversas patologias que acometem o sistema nervoso.

O Conceito Neuroevolutivo Bobath é utilizado por fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. É utilizado principalmente no tratamento dos pacientes com necessidades relacionadas às alterações no desenvolvimento motor. O objetivo da aplicação do Conceito Bobath é promover o aprendizado motor para controle motor eficiente em vários ambientes, melhorando assim a participação e a função.

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A Fonoaudiologia é a ciência responsável pelos cuidados com a comunicação, linguagem, fala, voz, audição e aspectos motores orais, envolvendo as dificuldades alimentares, disfagias e o manejo das comorbidades associadas. No CENEFFI atua com bebês, crianças e adolescentes, considerando o desenvolvimento e estabelecendo um plano de atendimento individualizado, (re) capacitando para a vida em sociedade.

Na suspeita de alterações relacionadas a amamentação, comunicação compreensiva e expressiva, fala, voz, dificuldades alimentares, audição, leitura e escrita.

Fala é ato motor (articulação), linguagem é todo sistema verbal e não verbal pré-estabelecido que nos permite a realização da comunicação. Na ausência da fala outros meios de comunicação serão estimulados, como exemplo a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), que associada ao sistema PECS – Picture Communication Symbols auxiliará no desenvolvimento de uma comunicação funcional e individualizada.

O tempo terapêutico é individual e particular de cada paciente, não existe tempo para aprender a comer ou falar, o que existe são marcos sobre o que é esperado durante cada etapa do desenvolvimento infantil. A metodologia utilizada pelo profissional associada a boa adesão da família no tratamento contribui para o bom desenvolvimento da criança.

A terapia ocupacional é uma profissão de nível superior voltada aos estudos, à prevenção e ao tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas. Se utiliza do uso terapêutico de atividades diárias (ocupações) com o propósito de aprimorar ou viabilizar a participação em papéis, hábitos e rotinas em diversos ambientes como casa, escola, local de trabalho e comunidade.
O papel do Terapeuta Ocupacional é trazer ao indivíduo autonomia e independência nas atividades de vida diária, levando em consideração as dificuldades sensoriais, motoras e cognitivas que afetam esta independência. A intervenção se baseia na análise da ocupação humana visando diminuir ou remover as dificuldades motoras, cognitivas, sociais e emocionais que estejam interferindo no desempenho ocupacional, proporcionando saúde, bem estar e participação através da vontade e do envolvimento em atividades subjetivas e funcionais.

O terapeuta ocupacional traça o perfil ocupacional, baseado no conhecimento do histórico ocupacional, da rotina de atividade de vida diária, dos interesses, valores e necessidades, identificando o motivo do indivíduo ou da família para a procura pelo atendimento, e observando quais são as habilidades e as preocupações em relação ao desempenho ocupacional e as atividades de vida diária.
Profissionais da terapia ocupacional usam o conhecimento sobre a relação entre a pessoa, seu envolvimento em ocupações significativas, e o contexto em que se encontra para traçar planos de intervenção. E, como complemento avaliativo, utilizam-se de avaliações padronizadas, protocoladas e validadas para auxiliar na mensuração dos ganhos e auxiliar pais e familiares no processo de reabilitação. A exemplo, utilizamos o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI-CAT), instrumento que documenta de forma quantitativa o desempenho típico e a independência da criança ao realizar atividades de autocuidado, mobilidade e função social.

A ocupação humana da criança é o brincar, que é definido como qualquer atividade espontânea e organizada que ofereça satisfação, entretenimento, diversão e alegria, e é através dele que a criança consegue se comunicar com o meio e construir uma relação com o outro, iniciando o processo de autoconhecimento e de interação.
O terapeuta ocupacional auxilia no processo do brincar exploratório, onde se utiliza da identificação das atividades lúdicas apropriadas, avaliando a prática do brincar, o brincar intencional, o jogo de regras, o brincar construtivo e o brincar simbólico, partindo para a facilitação da participação no brincar, mantendo o equilíbrio entre o brincar e as outras ocupações e obter, utilizar e manter a função de brinquedos, equipamentos e utensílios. Quando necessário, buscam possibilitar o envolvimento através de adaptações e modificações no ambiente ou em objetos que compõem o ambiente.

No CENEFFI as intervenções visam à habilitação, reabilitação e promoção da saúde e do bem estar em crianças com necessidades relacionadas ou não a incapacidade, estimulando e incentivando as habilidades esperadas em cada faixa etária.
A intervenção vai desde o recém-nascido até o auxílio no processo de aprendizagem escolar da criança com dificuldades pedagógicas. Independente do diagnóstico clínico, atua nos atrasos globais do desenvolvimento, hiperatividade e déficit de atenção, dificuldades específicas de aprendizagem, transtornos comportamentais, alterações sensoriais, condições ortopédicas, baixa visão, amputações, entre outras.
Os atendimentos são planejados com base no Conceito Neuroevolutivo Bobath, sendo o papel do terapeuta ocupacional facilitar o desempenho funcional minimizando dificuldades ocupacionais através de promoção do movimento mais próximo do normal, e quando necessário realizar adaptações. O foco principal é a funcionalidade de membros superiores com o auxílio do estímulo corporal global para potencializar o planejamento, a organização e a execução motora.
Outra abordagem utilizada é a de Integração Sensorial, que é um método eficaz para a reabilitação de crianças com distúrbios sensoriais que afetam o desenvolvimento percepto-motor. Sabe-se hoje que alterações sensoriais estão intimamente ligadas a dificuldades de aprendizagem, o que interfere no desenvolvimento e realização de atividades em ambiente escolar e social. O terapeuta ocupacional atua como parceiro da brincadeira ficando a certa distância controlada e propõe “desafios” considerando-os atrativos para a criança e suas dificuldades como a carência de demandas sensoriais. São utilizados materiais como rampas, trepa-trepas, balanços, redes, giradores, etc. sendo que as atividades motoras: rodar, balançar, correr, girar, pendurar-se e lançar-se são graduadas e levam em conta funcionamento do Sistema Nervoso Central. Ao final, espera-se respostas adaptativas e generalizadas com relação as tomadas de decisões, resolução de problemas, planejamento motor e formação das etapas do processo de construção do pensamento.
Com relação as alterações comportamentais, é utilizado o planejamento dentro da Ciência da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), onde são utilizadas estratégias para extinguir comportamentos inadequados e reforçar comportamentos positivos dentro das tarafas do dia-a-dia, com a finalidade de adequar comportamentos que impedem a realização das atividades do cotidiano.
Além da intervenção direta com a criança, é importante a orientação aos pais e/ou cuidadores quanto ao desenvolvimento e estimulação da independência motora e cognitiva em casa, através de atividades funcionais e da adaptação de recursos de tecnologia assistiva (como cadeiras de rodas, órteses, computadores, softwares e muitos outros).

Se sua criança apresenta dificuldade em interagir com outras crianças, não explora o ambiente e parece não dar função aos brinquedos, ou, se não consegue manter-se atento a aula, demonstra estar disperso durante algumas atividades e se irrita ou fica agressiva quando não consegue concluí-las. Ou ainda, se por vezes não compreende comandos simples, apresenta algumas seletividades alimentares, tem reações incomuns quando em contato com novas texturas e demonstra atitudes atípicas quando há mudanças de rotina.
Se você observar que a criança apresenta algum atraso no desenvolvimento das atividades exemplificadas, ou, se as áreas de desempenho ocupacional, como: alimentação, higiene, vestuário, brincar, locomoção, relações sociais, atividades escolares e de lazer, estão sofrendo limitações durante as suas realizações, pode ser um sinal de alerta que indique a necessidade de avaliação com um profissional de Terapia Ocupacional.
Alguns diagnósticos que comumente precisam da intervenção:
Atrasos do desenvolvimento neuropsicomotor;
Disfunções motoras;
Paralisia cerebral;
Doenças neuromusculares;
Síndromes genéticas;
Lesões e/ou má formações congênitas;
Disfunções sensoriais;
Crianças que apresentam diagnósticos e hipótese diagnóstica de autismo e outros transtornos do desenvolvimento global;
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade – TDAH;
Dificuldade de aprendizagem, na linguagem e na comunicação, transtornos alimentares, atrasos devido a prematuridade;
Lesões traumáticas com sequelas que impeçam a realização de alguma atividade

Não, muitas vezes dizemos que as terapias não são receitas de bolo. Seu filho necessitará de intervenção pensada para as demandas dele, pensando nas suas limitações e potencialidades. A família é parte essencial dos acompanhamentos e o plano de tratamento/acompanhamento é realizado em conjunto com todos os envolvidos no cuidado da criança.

Após o diagnóstico, é importante buscar profissionais como Fonoaudiólogos, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Psicopedagogos que trabalham na área do TEA, para que possam auxiliar no desenvolvimento biopsicossocial.

Assim como todos os indivíduos tem comportamentos diferentes em vários momentos da vida, as crianças autistas também apresentam diferenças no comportamento. Alguns autistas apresentam comportamento mais agressivo, outros, por sua vez apresentam um comportamento mais tranquilo.

Cada criança é única, mesmo recebendo o mesmo diagnóstico clínico, é importante a família realizar uma avaliação psicopedagógica, para o profissional conseguir averiguar e estimular as potencialidades individuais de cada criança.

Para realizar a inclusão, é fundamental avaliar o caso de forma individual, juntamente com a escola, família e profissionais que participam ativamente no tratamento terapêutico. É importante as crianças socializarem, terem um currículo adaptado de acordo com o nível cognitivo para poderem ter uma melhor qualidade de vida e aprendizagens contínuas e significativas.

É importante cada caso ser avaliado individualmente através de uma equipe multidisciplinar. No caso da aprendizagem escolar, o Psicopedagogo é o profissional responsável em avaliar o nível cognitivo de cada criança através de brincadeiras, jogos e atividades.

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